quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tocando em frente - 02/05/2014



Quero começar a coluna de hoje, repetindo um apelo já feito. LEMBRA-TE DE QUEM ÉS!

Hoje mais que nunca, não podemos esquecer que somos honrados simplesmente pelo fato de ter escolhido essas cores, de tê-las tatuado em nossa alma e cravado em nosso DNA a opção de pertencer a uma nação indiscutivelmente ensandecida de paixão.

Não quero falar sobre uma desclassificação, por mais que o coração desejasse a vaga na próxima fase. Isso não pode ser maior do que a responsabilidade que temos de levar à posteridade o GALO. Não pode ser maior que a responsabilidade de ensinar aos nossos pequenos alvinegros que a vida do atleticano é a vida real, que não se vive só de glórias, que quedas e derrotas abrem espaço para o reconhecimento de limites e necessidade de superação e mudanças.

Não meus amigos, hoje não podemos deixar que sentimento pequeno nenhum tome um milímetro sequer da nossa essência pura e límpida de força e nem do desmedido sentimento que abrigamos.

É dia de levantar de cabeça erguida, de não entrar na pilha de torcedor adversário, somos um povo sem precedentes, invejado e odiado por ser fiel e amar sem medida.

O destino muitas vezes nos prega peças e cabe a nós saber bem entendê-las, interpretá-las e usá-las em nosso crescimento pessoal e/ou coletivo.

Sinto orgulho, hoje sinto mais orgulho ainda. Orgulho de cada coração que bate pelo Glorioso das Alterosas, orgulho da necessidade desse povo ser Galo, respirar Galo, cantar Galo, escrever Galo. Orgulho de o meu filho ser como eu, de ver tantas crianças desejando o Galo e aprendendo como é bom ser dessa família.

Sinto-me enaltecida por pertencer ao seleto grupo de mortais imortalizados por essas cores. Mortais que tem a eternidade alvinegra, que só cabe aos que entendem que, mesmo que o coração pare de bater, outros tantos irão ressuscitá-los quando lotarem estádios, aeroportos, jogo do infantil, sub-20 ou profissional.

Não há do que nos envergonhar. Somos nós o retrato dessa instituição, é por nossa causa que ela se mantém. Haja quantos técnicos houver, passem quantas estrelas passarem, comecem e terminem quantos campeonatos existirem. Nós estaremos de forma heterogênea, de forma que não se separa.

Nós não paramos no tempo, nós seguimos. Reconhecemos a beleza de um troféu, mas as taças nunca são mais importantes do que aquilo que sentimos, do que os amigos que fizemos, do que as histórias que teremos pra contar.

O dia primeiro de maio fechou um ciclo e é responsabilidade nossa passarmos a pá de cal sobre o ciclo que se fechou e tocar o barco, seguir em frente.

Aos que acham o fim uma derrota, uma eliminação, de certo vivem no “fantástico mundo de Bob”, a vida é feita de partidas e chegadas, derrotas e vitórias. O Atleticano não se abate, não teme as intempéries, não joga a toalha.

Perdemos e ganhamos o tempo todo. Nos relacionamentos, na vida profissional, nos esportes, e não há demérito nenhum nisso, isso é VIDA.

Sejamos gratos aos que nos ajudaram a encher de glórias as páginas de nossa história, sejamos justos com o amor que sentimos sem sucumbir diante de um mal que aconteceu. 

Sejamos fortes como sempre o fomos.

Que as almas continuem inflamadas por esse amor que une e que é vida real.

Encerro com frases do amigo Fael Lima; [1]“Essa camisa que tem colo de mãe absorvendo minhas lágrimas e dona desse cordão umbilical ao qual estarei sempre ligado. Camisa-mãe, sem defeitos, dona de cheiro único, intocável, insubstituível. Hino-pai me aconselhando pela vida. Ensinando a viver com muita raça e amor, a vibrar, a ser alegre, mostrando o valor da fidelidade e que não há vitória sem muita luta. Eu me orgulho desse sangue alvinegro...”.

Saudações Alvinegras!

Leide Botelho 02/05/2014


[1]Trecho retirado de crônica do Livro A TRADUÇÃO DO SENTIMENTO ALVINEGRO, de FaelLima

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