Quero
começar a coluna de hoje, repetindo um apelo já feito. LEMBRA-TE DE QUEM ÉS!
Hoje
mais que nunca, não podemos esquecer que somos honrados simplesmente pelo fato
de ter escolhido essas cores, de tê-las tatuado em nossa alma e cravado em
nosso DNA a opção de pertencer a uma nação indiscutivelmente ensandecida de
paixão.
Não
quero falar sobre uma desclassificação, por mais que o coração desejasse a vaga
na próxima fase. Isso não pode ser maior do que a responsabilidade que temos de
levar à posteridade o GALO. Não pode ser maior que a responsabilidade de
ensinar aos nossos pequenos alvinegros que a vida do atleticano é a vida real,
que não se vive só de glórias, que quedas e derrotas abrem espaço para o
reconhecimento de limites e necessidade de superação e mudanças.
Não
meus amigos, hoje não podemos deixar que sentimento pequeno nenhum tome um
milímetro sequer da nossa essência pura e límpida de força e nem do desmedido
sentimento que abrigamos.
É
dia de levantar de cabeça erguida, de não entrar na pilha de torcedor
adversário, somos um povo sem precedentes, invejado e odiado por ser fiel e
amar sem medida.
O
destino muitas vezes nos prega peças e cabe a nós saber bem entendê-las,
interpretá-las e usá-las em nosso crescimento pessoal e/ou coletivo.
Sinto
orgulho, hoje sinto mais orgulho ainda. Orgulho de cada coração que bate pelo
Glorioso das Alterosas, orgulho da necessidade desse povo ser Galo, respirar
Galo, cantar Galo, escrever Galo. Orgulho de o meu filho ser como eu, de ver
tantas crianças desejando o Galo e aprendendo como é bom ser dessa família.
Sinto-me
enaltecida por pertencer ao seleto grupo de mortais imortalizados por essas
cores. Mortais que tem a eternidade alvinegra, que só cabe aos que entendem
que, mesmo que o coração pare de bater, outros tantos irão ressuscitá-los
quando lotarem estádios, aeroportos, jogo do infantil, sub-20 ou profissional.
Não
há do que nos envergonhar. Somos nós o retrato dessa instituição, é por nossa
causa que ela se mantém. Haja quantos técnicos houver, passem quantas estrelas
passarem, comecem e terminem quantos campeonatos existirem. Nós estaremos de
forma heterogênea, de forma que não se separa.
Nós
não paramos no tempo, nós seguimos. Reconhecemos a beleza de um troféu, mas as
taças nunca são mais importantes do que aquilo que sentimos, do que os amigos
que fizemos, do que as histórias que teremos pra contar.
O
dia primeiro de maio fechou um ciclo e é responsabilidade nossa passarmos a pá
de cal sobre o ciclo que se fechou e tocar o barco, seguir em frente.
Aos
que acham o fim uma derrota, uma eliminação, de certo vivem no “fantástico mundo de Bob”, a vida é
feita de partidas e chegadas, derrotas e vitórias. O Atleticano não se abate,
não teme as intempéries, não joga a toalha.
Perdemos
e ganhamos o tempo todo. Nos relacionamentos, na vida profissional, nos
esportes, e não há demérito nenhum nisso, isso é VIDA.
Sejamos
gratos aos que nos ajudaram a encher de glórias as páginas de nossa história,
sejamos justos com o amor que sentimos sem sucumbir diante de um mal que
aconteceu.
Sejamos fortes como sempre o fomos.
Que
as almas continuem inflamadas por esse amor que une e que é vida real.
Encerro
com frases do amigo Fael Lima; [1]“Essa camisa que tem colo de mãe absorvendo minhas lágrimas e dona
desse cordão umbilical ao qual estarei sempre ligado. Camisa-mãe, sem defeitos,
dona de cheiro único, intocável, insubstituível. Hino-pai me aconselhando pela
vida. Ensinando a viver com muita raça e amor, a vibrar, a ser alegre,
mostrando o valor da fidelidade e que não há vitória sem muita luta. Eu me
orgulho desse sangue alvinegro...”.
Saudações
Alvinegras!
Leide
Botelho 02/05/2014
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