Eu com meu gosto pela
escrita, sempre tive não uma queda, mas um verdadeiro tombo por escrever de
sentimentos.
Quando comecei a escrever
sobre o Galo, as colunas foram se desenhando em sua maioria sobre os
sentimentos em torno de cada partida.
Antes, durante ou após
estas, fico me policiando sobre algumas coisas que penso, comento com algumas
pessoas próximas, porque falar de um sentimento que alcança tantos é de uma
responsabilidade indefinível.
Você vai dar uma volta nas
redes sociais e vai ler de um tudo. Vai ter quem defenda, quem ataque, e no
fundo sabe que há um motivo só, cada um com sua justificativa, mas não posso
crer que seja algo diferente que ver o CLUBE ATLÉTICO MINEIRO no mais alto dos
lugares.
Eu sou da banda que vai
sempre defender o direito de cobrar, criticar, porque entendo que “quando
a gente gosta claro que a gente cuida”, escreveu Peninha, cantou
Caetano. Amor é cuidado e cuidado também é bronca. Quem diz que é diferente não
está sendo sincero.
Esse gosto amargo de
eliminação, essa sensação de corpo doendo, de alma cansada que é imposta a quem
está do lado de cá, ouvindo asneiras, vendo sair pela janela a possibilidade
menos longínqua de uma vaga na LA, com todo um tom de o que menos vale é o que
está aqui dentro da gente, tem todo o direito de exigir respeito com uma
história de 110 anos, de exigir mudanças. Isso não é jogar a toalha. Não é
torcer contra. Não é desejar que desse errado é, em tempo, esperar que se evite
o pior.
Uma das coisas mais urgentes
a se entender é que essa ENTIDADE VENERADA POR MILHÕES pertence a esses
milhões, que existem há 110 anos. Nem de um e nem de outro. Pertence aos que
criticam uma diretoria sim e por que não? Aos que a defendem também. Aos
anônimos que não estão nas redes sociais. E aos que estão nelas, podendo de
alguma forma fazer esse nome ser mais forte a cada dia. Aos que aumentam as
rendas nos estádios e aos que não vão, mas que de certo desejariam ir.
Esses não poupam nada! Por
que poupar alguma coisa quando a paixão dessa gente vai além? Esse negócio de
priorizar, num esporte em que o casamento com a torcida tem que ir bem, em que
as conquistas são necessárias para notoriedade? O castigo vem a galope.
Os vidros da sala de troféus estavam pichados, “onde os
fracos não têm vez”. Ainda bem que o sentimento que prevalece e vence os
fracos é a lealdade dos fortes que amam. #UMAVEZATÉMORRER
Saudações
Alvinegras!
Leide Botelho 17/05/2018